sábado, 19 de maio de 2012

Hoje é dia de comédia no FTB! #ficaadica

Espetáculo " A Comédia dos Erros", às 20h, na sala Martins Penna do Teatro Nacional. 

Gênero: Comédia
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 100 minutos

Serviço: 

19/05
20h - A Comédia dos Erros
Sala Martins Penna do TNCS
(R$ 20,00 a inteira; R$ 10,00 a meia-entrada)

*Meia entrada para doadores de lixo eletrônico, portadores de cartões Petrobras e Caixa bem como os estudantes e idosos 

Última apresentação da peça "Miséria, Servidor de dois Estancieiros"


Às 17h, o grupo Oigalê estará se despedindo da cidade após uma maratona de 5 dias com apresentações em Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto.  


A última apresentação do espetáculo será no Estacionamento da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul) com entrada gratuita e classificação livre. 

Saiba mais sobre o espetáculo no texto abaixo. 

Teaser "Automákina - Universo Deslizante" e "Miséria, Servidor de dois Estancieiros"








Quer saber mais sobre os dois espetáculos de rua que estão movimentando a cidade? Confira aqui o vídeo com um pouquinho do "Automákina - Universo Deslizante" e "Miséria, Servidor de dois Estancieiros", em cartaz hoje. É de graça. Acesse a programação completa no link http://www.alecrim.art.br/2012/df.html

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Programação de hoje, 18/05





MISÉRIA, SERVIDOR DE DOIS ESTANCIEIROS
Gênero: Teatro de Rua
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 55 minutos

Miséria Servidor de Dois Estancieiros” é a continuidade do projeto de pesquisa da Oigalê no universo do gaúcho, agora com a commedia dell’arte. Trata-se de uma livre adaptação para o teatro de rua do clássico “Arlequim servidor de dois amos” do dramaturgo italiano Carlo Goldoni.
Desta vez, o ferreiro Miséria, decide vir para a capital trabalhar como carregador para dois patrões. É nessa jornada de trabalho duplo que se dão as peripécias de Miséria, resultando em muitas confusões, amores fulminantes, e muitas trocas de patrão, divertindo o público de forma leve e muito divertida.
A trilha sonora (Mateus Mapa e Simone Rasslan), composta exclusivamente para o espetáculo, é fundamental na condução da história, pontuando e reforçando os momentos, os climas e as cenas, sendo executada ao vivo pelos atores/cantores. Característica já marcante do grupo nos seus espetáculos de rua.

Serviço: 

SBN, em frente ao Edifício Sede dos Correios
(Programação gratuita)





AUTOMÁKINA - UNIVERSO DESLIZANTE
Gênero: Teatro de Rua / Performance
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 50 minutos

O Espetáculo de teatro “Automákina – Universo Deslizante” trata de uma questão pertinente a todos os homens de todos os tempos: "a arte da sobrevivência". Com uma linguagem que mescla o simbolismo do teatro de bonecos com seus personagens autômatos fazendo uma metáfora a existência humana, o virtuosismo das técnicas circenses e a poética do teatro de rua.
O trabalho do ator e sua relação com os bonecos, com o cenário móvel, com a música e os instrumentos, além da relação com o público determinam o desenvolvimento de uma dramaturgia dinâmica e de grande impacto sobre as pessoas. AUTOMÁKINA Universo Deslizante foi feita para ganhar as ruas e chegar aos espaços inusitados, aonde o teatro pouco vai, e assim apresentar o mundo do Duque Hosain'g. 


Serviço: 

17h30 — Automákina Universo Deslizante
apresentação na área externa do Museu da República
(Programação gratuita)



CABARECHT
Gênero: Musical
Faixa etária: 14 anos
Tempo de duração: 80 minutos

O espetáculo resgata o clima dos cabarés alemães das primeiras décadas do século passado, onde os artistas reuniam-se para mostrar uns aos outros e à clientela burguesa destes bares, seus textos, esquetes e canções. Para isso, reuniu-se canções de Bertolt Brecht e Kurt Weill, entremeadas por textos sobre o estar no mundo como artistas e cidadãos e de como estes se relacionam com a sociedade onde estamos inseridos. Uma pianista, cantora e atriz comanda o cabaré onde três atores/cantores apresentam-se com seus melhores trajes para a seleta platéia numa ambientação que remete ao ambiente elegante e divertido dos anos 20. 


21h — Cabarecht 
Sala Martins Penna do TNCS
Abertura do Festival do Teatro Brasileiro — Cena Gaúcha
(apenas para convidados) 



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Programação de hoje! É de graça...


MISÉRIA, SERVIDOR DE DOIS ESTANCIEIROS
Gênero: Teatro de Rua
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 55 minutos

Miséria Servidor de Dois Estancieiros” é a continuidade do projeto de pesquisa da Oigalê no universo do gaúcho, agora com a commedia dell’arte. Trata-se de uma livre adaptação para o teatro de rua do clássico “Arlequim servidor de dois amos” do dramaturgo italiano Carlo Goldoni.
Desta vez, o ferreiro Miséria, decide vir para a capital trabalhar como carregador para dois patrões. É nessa jornada de trabalho duplo que se dão as peripécias de Miséria, resultando em muitas confusões, amores fulminantes, e muitas trocas de patrão, divertindo o público de forma leve e muito divertida.
A trilha sonora (Mateus Mapa e Simone Rasslan), composta exclusivamente para o espetáculo, é fundamental na condução da história, pontuando e reforçando os momentos, os climas e as cenas, sendo executada ao vivo pelos atores/cantores. Característica já marcante do grupo nos seus espetáculos de rua.

Serviço: 

SBN, em frente ao Edifício Sede dos Correios
(Programação gratuita)





AUTOMÁKINA - UNIVERSO DESLIZANTE
Gênero: Teatro de Rua / Performance
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 50 minutos

O Espetáculo de teatro “Automákina – Universo Deslizante” trata de uma questão pertinente a todos os homens de todos os tempos: "a arte da sobrevivência". Com uma linguagem que mescla o simbolismo do teatro de bonecos com seus personagens autômatos fazendo uma metáfora a existência humana, o virtuosismo das técnicas circenses e a poética do teatro de rua.
O trabalho do ator e sua relação com os bonecos, com o cenário móvel, com a música e os instrumentos, além da relação com o público determinam o desenvolvimento de uma dramaturgia dinâmica e de grande impacto sobre as pessoas. AUTOMÁKINA Universo Deslizante foi feita para ganhar as ruas e chegar aos espaços inusitados, aonde o teatro pouco vai, e assim apresentar o mundo do Duque Hosain'g. 


Serviço: 

14h —  Automákina Universo Deslizante
 instalação na área externa do Museu da República
(Programação gratuita)

17h30 — Automákina Universo Deslizante
apresentação na área externa do Museu da República
(Programação gratuita)








quarta-feira, 16 de maio de 2012

Petrobras convida

"A Petrobras Distribuidora tem o prazer de convidar todos os profissionais, grupos e coletivos da Cena Teatral Brasiliense para um encontro com a Senhora Alena Aló, Gerente de Patrocínio, para uma conversa com a classe sobre o Programa Petrobras Distribuidora de Cultura. 

Assim como seus produtos e serviços, a Petrobras distribui cultura por todo Brasil. Através do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, a empresa já viabilizou a circulação de mais de 90 espetáculos em todas as regiões do País. O objetivo do encontro é apresentar a seleção pública - uma grande oportunidade de conhecer o processo e se preparar para as próximas inscrições, que estão previstas para o segundo semestre deste ano.

Para nós, classe artística, é uma oportunidade para conversarmos diretamente com a pessoa responsável pelo patrocínio da Petrobras Distribuidora; uma das maiores empresas patrocinadoras de arte e cultura do Brasil.

Contamos com a participação de todos para esta importante conversa!



Dia: 18/05 (sexta-feira)
Horário: das 15h ás 17h
Local: Auditório da Petrobras
Endereço: SAN - Q 1 - Bloco D - térreo - Edifício Petrobras
Tel.: (61) 3429-7229

Ação de formação do FTB chega à Ceilândia


A expectativa era grande. Ouviu-se falar a semana inteira que um grupo de teatro de “gaúchos” ia se apresentar no Centro de Ensino Médio 03 da Ceilândia.  Logo na entrada da escola, muitas faixas convidativas e uma energia pairavam no ar. Era possível sentir a vibração. “Estava ansioso, nunca tinha visto uma peça de teatro antes”, afirmou Carlos Henrique, 16 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio. No palco, ou melhor, no pátio da escola, sete atores caracterizados com vestimentas tipicamente gaúcha saudavam os curiosos que se aproximavam timidamente.  Faltava pouco para mais de 1300 estudantes vivenciarem o que seria para muitos, a primeira experiência teatral de suas vidas.

O espetáculo “Miséria, servidor de dois estancieiros”, livre adaptação do clássico “Arlequim servidor de dois amos”, do dramaturgo italiano Carlo Goldoni movimentou a escola, literalmente.
Para Carlos Henrique, “a apresentação foi emocionante”. “Achei muito bacana o jeito que eles contaram a história, o jeito de falar, de se movimentar. Muito legal isso! Com uma escada e apenas algumas caixas de madeira eles faziam a gente acreditar que ali tinha uma casa, uma cidade. Eu nunca tinha visto nada parecido”, comentou.

Já a professora de língua portuguesa, Eliana Lagaris definiu como fantástica a apresentação. “ Fiquei muito feliz por nossa escola ter sido agraciada com o projeto. Esse tipo de iniciativa devia acontecer sempre, em todas as escolas da Ceilândia”, ressaltou. Para Eliana, o teatro é uma oportunidade de aproximar os estudantes da leitura. “Gostei muito do jeito que a história foi apresentada. O espetáculo foi dinâmico e bastante adequado para a faixa etária”, afirma.

Programa educativo
Várias atividades educativas estão programadas para os próximos dias em escolas de Ceilândia, Taguatinga e Gama. Cada comunidade educativa contemplada recebe a visita de mediadores que sensibilizam as turmas para diversas questões ligadas às artes cênicas. Em seguida, os estudantes assistem um dos espetáculos observando os aspectos trabalhados nas oficinas e, por fim, retornam para a sala de aula e estimulados pelos mediadores, refletem sobre a experiência vivenciada.


A estudante de Artes Cênicas da Faculdade de Artes Duclina de Moraes, Camila Santos, mediadora do festival, está tendo a sua primeira oportunidade em sala de aula. “Eu tinha uma outra visão da escola. É muito bom poder proporcionar ao outro o acesso ao conhecimento. E o teatro proporciona isso. Está sendo uma experiência incrível poder colocar em prática o que vejo na teoria”, afirma. 


Assista aqui o vídeo da ação de formação no CEM 03 de Ceilândia com trechos do espetáculo, depoimento e muito mais! #ficaadica

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Contagem regressiva... está chegando a hora!



Primeiro espetáculo a entrar em cartaz!






MISÉRIA, SERVIDOR DE DOIS ESTANCIEIROS
Gênero: Teatro de Rua
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 55 minutos
Miséria Servidor de Dois Estancieiros” é a continuidade do projeto de pesquisa da Oigalê no universo do gaúcho, agora com a commedia dell’arte. Trata-se de uma livre adaptação para o teatro de rua do clássico “Arlequim servidor de dois amos” do dramaturgo italiano Carlo Goldoni.
Desta vez, o ferreiro Miséria, decide vir para a capital trabalhar como carregador para dois patrões. É nessa jornada de trabalho duplo que se dão as peripécias de Miséria, resultando em muitas confusões, amores fulminantes, e muitas trocas de patrão, divertindo o público de forma leve e muito divertida.
A trilha sonora (Mateus Mapa e Simone Rasslan), composta exclusivamente para o espetáculo, é fundamental na condução da história, pontuando e reforçando os momentos, os climas e as cenas, sendo executada ao vivo pelos atores/cantores. Característica já marcante do grupo nos seus espetáculos de rua.



Ceilândia
11h — Centro de Ensino Médio 03
Entrada: Gratuita ( Ação de Formação. Apenas para estudantes da rede pública de ensino do DF). 

Ação de Formação no Centro de Ensino Médio EIT


domingo, 13 de maio de 2012

12ª edição do Festival do Teatro Brasileiro - Cena Gaúcha



             A população das cidades de Goiânia, Goiás, Anápolis e Hidrolândia teve o prazer de desfrutar da programação da 12ª edição do Festival do Teatro Brasileiro - Cena Gaúcha, cujos espetáculos estenderam-se de 03/05 a 13/05/2012.

O projeto foi criado em 1999 e já deu enfoque à cena baiana, pernambucana, cearense e mineira.

Com patrocínio da Petrobras e Caixa Econômica Federal, copatrocínio dos Correios, incentivo do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, apoio institucional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás e realização da Alecrim Produções Artísticas, a etapa goiana do Festival recebeu espetáculos que, por meio de variadas linguagens, conseguiram proporcionar um panorama do Teatro produzido atualmente no Rio Grande do Sul.

Ao todo foram 11 espetáculos teatrais e 3 musicais, selecionados de um total de 109 inscritos, com curadoria de Sergio Maggio e Guilherme Filho, que foram assistidos por mais de 10.000 espectadores.

Com o objetivo de fortalecer o intercâmbio entre grupos teatrais gaúchos e goianos, foram oferecidas as oficinas “Viewpoints e Intervenções Arquitetônicas”, com Daniel Colin, que abordou a utilização de movimentos e gestos, em espaços pré-determinados; “Desvios em Espaço Urbano”, com Patrícia Fagundes, que objetivou trabalhar a intervenção cênica no espaço urbano; “Vivência no Teatro de Sombras”, com Alexandre Fávero, que teve como foco a investigação da linguagem do Teatro de Sombras; e “Verticalidade Cênica”, com o Grupo Falos & Stercus, que dedicou-se  à transformação de técnicas radicais de rapel em material de expressão cênica.

Os temas abordados nas oficinas foram sugeridos à produção do Festival pela própria classe teatral goiana e cada uma delas resultou em uma apresentação. A oficina “Verticalidade Cênica”, por exemplo, foi concluída com a performance “Anjos da Paz Caminham Sobre as Paredes do Estádio Serra Dourada”, antes da final do campeonato goiano, destacando não somente a técnica do rapel cênico, mas, também, apoiando a campanha pela paz nos estádios.

As apresentações musicais ocorreram no Parque Flamboyant e reuniram as bandas gaúchas Defalla, misturando estilos como o rock psicodélico, hard, funk e rap, por meio do vocalista Edu K, do guitarrista Castor Daudt, do baixista Flávio Santos e da baterista Biba Meira, e do Renato Borghetti Quarteto (Renato Borghetti - acordeom, Daniel Sá - violão, Pedrinho Figueiredo - flauta e sax e Vitor Peixoto - teclados), mesclando ritmos gaúchos ao jazz, além do goiano Tom Chris, que cantou músicas de compositores goianos e hits consagrados da MPB, acompanhado por Luiz Chaffin (violão e guitarra), Marcelo Maia (baixo), Guilherme Santana (bateria) e Willian Cândido (teclado).

A ação de formação de plateia foi estendida a 2.400 estudantes da rede pública municipal e estadual, sendo que, em um primeiro instante, arte-educadores visitaram as escolas, explicaram os objetivos do projeto e colheram, em um segundo momento, após a apresentação dos espetáculos, as impressões dos alunos, por meio das mais variadas formas de expressão.
A abertura do Festival ficou a cargo da atriz Genifer Gerhardt, que, com o espetáculo “Mundo Miúdo”, apresentou o gênero conhecido como Teatro Lambe-lambe, com personagens minúsculas, manipuladas dentro de uma caixa, durante cerca de 2 minutos, para um único expectador. Genifer também apresentou “Gringa Errante”, uma combinação entre a linguagem do clown, Teatro de Rua e Teatro de Animação. Este espetáculo foi acompanhado por cerca de 600 crianças, na cidade de Hidrolândia, e, para a apresentação ocorrida no Parque Flamboyant, Genifer partilhou com a equipe de produção do Festival este belo e edificante relato: “em meio às crianças e jovens que vieram no final a me abraçar e tirar fotos, uma senhora me parou. Aguardou longo tempo até que lhe desse atenção, após a fila de pequenos. Então, mirando o fundo dos meus olhos e ainda com lágrimas, falou-me lentamente: "estou com meu filho há vários dias na UTI, há vários dias eu não conseguia sorrir." Veio agradecer-me pelos sorrisos que finalmente conseguiu dar. Abraçou-me profundamente. Depois seguiu”.
Ainda no primeiro dia do Festival, a Cia. Babel de Teatro apresentou o musical “Cabarecht”, no qual uma pianista, cantora e atriz (Cida Moreira), dirige o cabaret e seus atores/cantores (Sandra Dani, Antônio Carlos Brunet e Roberto Camargo), interpretando músicas de autoria do dramaturgo Bertolt Brecht e do compositor Kurt Weill.
Em “O Fantástico Circo-Teatro de Um Homem Só”, da Cia. Rústica, Heinz Limaverde apresentou uma narrativa autobiográfica, enfatizando sua vontade de tornar-se ator, por meio do canto, dança, declamação e interpretação das mais diversas personagens.

A Cia. Caixa do Elefante trouxe dois espetáculos: “Histórias da Carrocinha”, Teatro de Bonecos apresentado pelos atores-manipuladores Paulo Balardim e Mario de Ballentti; e “A Tecelã”, que une técnicas de manipulação de bonecos e ilusionismo.

Em “Borboletas de Sol de Asas Magoadas”, a atriz Evelyn Ligocki abordou o mundo dos travestis e, em “Cinta Liga/Desliga”, Aline Tanaã Tavares, Grasiela Muller e Odelta Simonetti investiram na linguagem do clown, para expressar facetas do mundo feminino.

A Cia. Oigalê (Bruna Espinosa, Diego Machado, Giancarlo Carlomagno, Karine Paz, Mariana Hörlle e Paulo Brasil) investiu na linguagem do Teatro de Rua, para narrar as aventuras de Miséria, em “Miséria, Servidor de Dois Estancieiros”, enquanto Alexandre Fávero e Roger Lisboa, da Cia. Teatro Lumbra de Animação, escolheram o Teatro de Sombras, para narrar as peripécias do Saci-Pererê, em “Sacy Pererê, A Lenda da Meia-Noite”.

O encerramento do festival ficou a cargo da peça “DentroFora”, da Cia. In.Co.Mo.De.Te, com Liane Venturella e Nelson Diniz dando vida a uma narrativa do Teatro do Absurdo.

A grande gama de linguagens apresentadas conseguiu agradar aos mais variados tipos de espectadores, principalmente por comporem espetáculos de grande qualidade, oferecidos gratuitamente ou a preços populares, promovendo a formação de plateia, a democratização do acesso à Cultura, o intercâmbio entre grupos teatrais e a apreciação de espetáculos, que, dificilmente, chegariam ao público goiano, se não fosse por meio do Festival do Teatro Brasileiro, organizado e produzido pelo competente e incansável Sérgio Bacelar, cujos esforços, juntamente com os da também competente equipe por ele selecionada, proporcionaram ao Festival chegar a esta 12ª edição.

Trata-se de um excelente exemplo a ser seguido pela nova diretoria da Federação de Teatro de Goiás (Feteg), bem como por toda a classe teatral goiana, no sentido de fortalecer parcerias e ações (inclusive para a realização de uma Cena Goiana, junto ao Festival do Teatro Brasileiro), bem como incentivar e divulgar a produção teatral goiana a todo o Estado de Goiás.

Gilson P. Borges

De volta para casa!


Depois de 7 anos percorrendo 11 estados brasileiros o FTB volta para casa, para o DF! Foi em Brasília, em 1999, que o projeto teve início com o nome de Mostra de Teatro da Bahia. Naquele primeiro ano vieram Wagner Moura, Rita Assemany, Fernando Gerreiro, Lelo Filho. Foram outras 4 edições no DF, em 2000 e 2002 ainda com os baianos e depois os pernambucanos, seguidos dos mineiros.

Em 2007 o FTB inicia sua caravana pelo Brasil. As produções mineiras foram vistas pelos cariocas, paulistas, gaúchos e paranaenses. Os cearenses se apresentaram para os mineiros e capixabas. Os pernambucanos para os baianos e sergipanos. E os baianos para os cearenses, pernambucanos e maranhenses.

É a vez da população do DF estabelecer a troca com os gaúchos. Intercâmbio entre os grupos do DF e RS e entre as universidades federais das duas unidades. Ações de formação para alunos de rede pública de ensino, oficinas de qualificação profissional e apresentações em Brasília, Taguatinga, Gama e Ceilâdia compõem a programação do FTB - Cena Gaúcha, etapa DF.

Hoje, domingo, dia 13 de maio, terminamos a etapa Goiás. Os gaúchos foram vistos por mais de 10.600 goianos. E nos últimos minutos do segundo tempo o resultado da oficina Verticalidade Cênica com o grupo Falos & Stercus foi apresentada para os mais de 20 mil torcedores da final do campeonato estadual de futebol.

Vamos repetir o sucesso agora em casa, aqui no DF!

Curtam esse momento de troca com os gaúchos!

Sérgio Bacelar
Coordenador e idealizador do FTB 

Atenção, Goianos.

POVO DE GOIÁS!

Meus amigos queridos, hoje é o último dia dessa etapa do Festival do Teatro Brasileiro aqui. ~mimimi~

Agora é esperar que tenha sempre mais, ou então arrumar as malas e ir pra Brasília. Porque eles já estão se esquentando por lá.

Beijos pra quem vai aparecer para as últimas apresentações hoje. Vamo que vamo.

Danilo Danílovitsch

“DentroFora”



Para encerrar a programação da 12ª edição do Festival do Teatro Brasileiro - Cena Gaúcha, foi encenada, no Teatro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, no último sábado (12/05), a peça “DentroFora”, da Cia. In.Co.Mo.De.Te, de Porto Alegre.
Com texto de Paul Auster e direção de Carlos Ramiro Fensterseifer, a atriz Liane Venturella e o ator Nelson Diniz apresentaram ao público um belo exemplo do Teatro do Absurdo, termo criado por Martin Esslin, para descrever trabalhos de dramaturgos como Alfred Jarry, Samuel Beckett, Jean Genet e Eugène Ionesco, dentre outros, que, normalmente, apresentam pessoas presas a situações sem solução ou sentido.
O cenário (Élcio Rossini) é muito simples, mas, ao mesmo tempo, produz um efeito extremamente interessante. Inclui apenas duas caixas com três lados opacos e um transparente, separadas por um vão escuro, dentro das quais encontram-se um homem e uma mulher, que trajam figurino e maquiagem (Rodrigo Nahas) em preto e branco, como se pertencessem a um tempo já passado.
Apesar de separados pelo vão, o homem e a mulher dialogam sobre assuntos aparentemente triviais, como o significante e o significado da palavra “Azul”, com tons de voz abafados pelas caixas fechadas, mas perfeitamente audíveis.
A iluminação limita-se ao interior das caixas (com exceção de uma única projeção em azul sobre a plateia, quando a palavra “azul” é abordada), variando de tons frios a tons mais quentes (principalmente quando as personagens manifestam lembranças) e voltando, novamente, aos tons frios, enquanto a trilha sonora acompanha e cria clima para a execução das cenas.
O que estariam fazendo estas pessoas dentro destas caixas? As próprias personagens se questionam sobre isto, mas não chegam a conclusão alguma. A mulher até arrisca-se a sair da caixa, mas logo muda de ideia e volta para o seu interior.
Todo o conjunto resultou em uma visualidade plástica muito interessante, juntamente com a excelente interpretação dos atores, e mesmo aqueles que disseram não ter apreciado muito a encenação desta vertente teatral, após o espetáculo, emitiam opiniões e impressões: seriam eles manequins presos em uma vitrine, ou mesmo em caixões? Este é o encanto do Teatro do Absurdo. Não há verdades absolutas e cada um pode interpretá-lo à sua maneira.

Gilson P. Borges

“Sacy Pererê, A Lenda da Meia-Noite”


Com raízes no Oriente, o Teatro de Sombras não é uma modalidade muito comum no Ocidente, quando se pensa em Teatro de Animação, mas foi exatamente esta a vertente escolhida pela Cia. Teatro Lumbra de Animação, para apresentar o espetáculo “Sacy Pererê, A Lenda da Meia-Noite”, no último sábado (12/05), no Teatro do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, dentro da programação da 12ª edição do Festival do Teatro Brasileiro - Cena Gaúcha.
            Com direção geral, cenografia e iluminação de Alexandre Fávero e atuação e operação de luz de Alexandre Fávero e Roger Lisboa, o espetáculo aborda a figura do Sacy Pererê, personagem marcante do folclore brasileiro, popularizada pela obra de Monteiro Lobato e pela série televisiva “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, como um negro que possui uma perna só, fuma cachimbo, usa uma carapuça vermelha com poderes mágicos e emprega seu tempo na realização de pequenas travessuras e assustando viajantes noturnos, cujas origens estariam ligadas à região das Missões, no Sul do País.
            A grafia com “y” foi mantida pelo grupo assim como está registrada no livro no qual a peça se baseou, intitulado “Sacy Pererê: Resultado de Um Inquérito”, primeira obra publicada por Monteiro Lobato, em 1918.
Para dar vida à história de um viajante que é vítima das diabruras do Sacy e decide capturá-lo, foram utilizadas não somente figuras fixas expostas à luz, mas toda uma combinação de técnicas que enriquecem sobremaneira a narração. As mãos dos atores tornam-se as mãos das personagens e um dos atores, inclusive, atua sem a utilização da técnica da sombra, entrando e saindo da tela de projeção, no melhor estilo do Grupo Lanterna Magika, de Praga, só que com substituição de imagens filmadas pela composição de sombras.
O preto & branco tradicional deste estilo de animação, aqui é substituído por detalhes em cores, como a carapuça vermelha do Sacy, por exemplo.
Em algumas cenas, ocorre a sobreposição de sombras, como se uma projeção cinematográfica estivesse sendo utilizada, e, em outras, a sombra de bonecos e cavalos contracena com a sombra dos manipuladores.
O ambiente retratado pela sombra da paisagem ora remete ao Sul do País, ora ao sertão mineiro de Guimarães Rosa, aproximando-se, ainda, algumas vezes, do sertão nordestino.
Uma das cenas mais bonitas e poéticas foi produzida quando a sombra de uma jangada navegava em um rio, onde o reflexo da própria água era projetado na tela. Já a cena que provocou maior reação na plateia foi a do primeiro encontro do viajante com o Sacy, a qual gerou um certo riso nervoso nas crianças.
Como dá título à peça, a figura do Sacy mereceria aparecer um pouco mais em cena, ou seja, pelo menos mais uma de suas travessuras poderia ser incorporada ao enredo, dando mais impacto ainda à ação.
            Todo o trabalho de pesquisa e produção da Cia. Teatro Lumbra de Animação resultou em um espetáculo preciso e belo, capaz de atrair o interesse e despertar a imaginação e simpatia do público, incluindo aqueles que temem, de uma forma ou de outra, o “mundo das sombras”.

Gilson P. Borges

Um bom nhenhenhém


DentroFora, outra peça difícil de eu conseguir expressar minha opinião.  ~você, Danilo? Não quer dar sua opinião? É o fim do mundo mesmo, viu?~ Não é que eu não queira. Eu até quero, mas eu não sei qual seja ~Piorou!~
Vamo tentá dá uma explicação marromeno então, porque né? Eu gosto de falar.
É uma peça boa? Eu gostei de estar lá? É... então, aqui o bicho pega. É teatro do absurdo, então eu tarra preparado pra ver o que viesse. E veio o que costuma vir debaixo dessa rubrica. Que é o que, minha gente? Uma peça que num tem tanto sentido e serve pro autor expressar suas angústias e seus raciocínios ~a definição é minha, sem qualquer respaldo do mais ínfimo dos teóricos de teatro que jamais existiu~. E isso em si não é ruim. Não pra mim. mas a coisa começa a pegar quando eu percebo que o autor também não sabia o que fazer e usou essa maleabilidade do gênero pra colocar um monte de coisa desconexa junto. Rá! E eu percebi isso. Como a estrutura permitia ele fez uma colagem. E, me desculpem vocês meus queridos que são artistas plásticos, mas colagem pra mim sempre parece trabalho de menino da pré-escola. E sim eu estou desmerecendo o trabalho dos meninos da pré-escola porque eu não fui lá ver trabalho de menino da pré-escola. Se eu quisesse ver trabalho de menino da pré-escola, eu teria ido à pré-escola. Enfim, acho o texto um desmerecimento do espetáculo. Tanto que num determinado momento os próprios personagens discutem sua inutilidade funcional ali nas minhas barbas. Avá! Além do que eu sempre acho as reflexões expostas no teatro do absurdo muito nhenhenhém. Reflexões expostas entendam-se aquelas que o próprio texto nos dá de bandeja. Sempre parece que o autor achou que teve um pensamento genial e resolveu nos iluminar. A reflexão subliminar é mais gostosa. E quando não é isso é a enrolação o nada-a-dizer. Se não fossem os atores, a enrolação tinha me matado.
Mas procês verem, eu gostei. Eu disse que acho o texto um desmerecimento. Eu, sempre me ajudando a descobrir o que senti. Por isso escrever é bom.
Por que num é ruim, cês sabe? É um espetáculo que merece muito ser visto. Por ser bonito cenicamente, pra começar. Os dois personagens trancados dentro daquelas caixas é uma coisa linda! Aliás, ~aplausos~ eu e minha claustrofobia gostaríamos de parabenizar os atores. Porque se fosse por nós dois a caixa ia ser somente a imaginação do público, ou quando muito uma estrutura vazada. Pelamor, eu fiquei agoniado só de ver.
O segundo motivo, e esse importantíssimo pra mim, são os atores: Liane Venturella e Nelson Diniz. E aqui o espetáculo desabrocha. Por causa deles tem-se que ver muito o espetáculo, interminável e longamente, sem dó nem piedade. Todos os momentos geniais são devidos a eles, e claro à direção de Carlos Ramiro Fensterseifer. Lindos!
Só destacar uma cena aqui: depois de muito pensarem e refletirem e nhenhenherem, a Mulher resolve tentar sair da caixa. É a única vez que vemos uma das caixas abertas. Depois de continuar discutindo sobre a inutilidade de sair da caixa, ela se arrepende e volta. Aqui, neste momento, o tempo para.

Danilo Danílovitsch